sábado, 12 de maio de 2012


 Casamento nos tempos bíblicos II



CASAMENTO E SEUS COSTUMES

Deus começou o casamento com o primeiro homem e a primeira mulher. Quando Deus falou à Adão que um homem deveria deixar a sua parentela e se juntar a uma mulher assim se tornando um (Gênesis 2:24), ele estava descrevendo o casamento. Porém, não é necessariamente o desejo de Deus que todo mundo deva se casar, ele aprova o casamento em geral. Faz parte de seu plano para o ser humano.

LEIS E COSTUMES DOS CASAMENTOS NA BÍBLIA

As escrituras se referem à diferentes formas e costumes de casamentos. Este, é um tópico complexo. Porém, podemos tirar algumas conclusões sobre o casamento nos tempos bíblicos examinando leis bíblicas e as descrições dos casamentos.

A AUTORIDADE DO MARIDO

Na sociedade Israelita, o pai era a figura de autoridade na casa. Sua esposa e seus filhos eram considerados sua posse, quase como suas terras e gados (Deuteronômio 5:21). Ele tinha o direito de vender suas filhas (Êxodo 21:7), e até tinha o poder de decisão de vida ou morte sobre a vida de seus filhos. A facilidade com a qual o marido podia acabar com seu casamento divorciando sua esposa, mostra a medida de sua autoridade na família (Deuteronômio 24:1-4; veja Deuteronômio 22:13-21). Em geral, a noiva deixava seus pais quando se casava e ia morar com o clan de seu marido. Na verdade, a frase "se casar com uma esposa" vem da raiz da palavra que significa "se tornar mestre" (Deuteronômio 21:13). A esposa tratava o seu marido e se referia à ele como seu mestre.

POLIGAMIA E MONOGAMIA

Há vários exemplos de poligamia, o casamento de um homem com duas ou mais esposas, no Velho Testamento. Jacó, por exemplo, era casado com Raquel e Lia. No entanto, não há dúvida que a maioria dos Israelitas eram monógamos, ter uma esposa por vez. Apesar de a bíblia não condenar a poligamia, ela com certeza não encoraja. A instrução original que Deus deu à Adão era que o homem deixaria o seu pai e a sua mãe e se uniria a sua mulher (Gênesis 2:24).

CASAMENTO ENTRE PARENTES E COM ESTRANGEIROS

Em Israel, o casamento acontecia com aqueles que eram da família imediata. Uma razão para isso acontecer, era para que o casal tivesse a mesma crença. Mas é lógico que se a pessoa tivesse o parentesco muito próximo, aí seria considerado incesto. Deus deu então regras ao povo para desencorajar as pessoas a se casarem com pessoas com o parentesco muito próximo ou mesmo muito distante. Casamentos entre primos, tais como Isaque e Rebeca eram comuns. Esse tipo de casamento nunca foi condenado nas Escrituras.

ESCOLHA DE UM PARCEIRO

Em geral, os jovens nos tempos bíblicos não escolhiam seus parceiros. O procedimento normal seria os pais do jovem ou da jovem arranjar o seu casamento. Quando as crianças tinham idade suficiente para se casar, os pais do noivo e da noiva se encontravam para resolver a questão, geralmente sem consultar nenhum dos dois jovens.

DIVÓRCIO

Em contraste com o planejamento e banquete elaborado do casamento, o divórcio era simples. O homem poderia se divorciar de sua esposa se ele encontrasse nela uma falha de qualquer natureza, esse direito não foi abolido até o século 11 DC. O divórcio era desencorajado, no entanto, e o processo foi ficando gradativamente complexo.

OS ENSINAMENTOS DE JESUS A CERCA DO CASAMENTO E DO ADULTÉRIO

Os ensinamentos de Jesus tinham ênfases diferentes das do Velho Testamento. Por exemplo, o Velho Testamento não apontava a infidelidade do marido como adultério contra sua esposa. Quando contestado pelos judeus, Jesus disse que Deus havia feito uma esposa para um homem; por isso mesmo não deveria haver divórcio (Marcos 10:2-9). Mais adiante ele diz que se um homem se divorcia de sua esposa e se casa novamente, ele "adultera contra aquela" (Marcos 10:11). Desta maneira, Deus fez o homem e a mulher iguais quando se diz respeito a adultério. Um marido infiel é tão adúltero quanto uma esposa infiel

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